Ásia apaga as luzes no evento sobre mudanças climáticas

SYDNEY (Reuters) - As luzes se apagaram na Ópera House e na Harbour Bridge, em Sydney, para a Hora do Planeta 2009, um evento mundial durante o qual residências e pontos de referência das cidades ficam sem iluminação por uma hora para lembrar a ameaça das mudanças climáticas no planeta.

Na Ásia, lugares célebres na China, Cingapura, Tailândia e Filipinas também ficaram às escuras enquanto as pessoas celebravam o evento com piqueniques à luz de vela e concertos.

"Está sendo um grande sucesso. Eu não esperava que tanta gente aparecesse e testemunhasse o blecaute", disse Carine Seror, a responsável pela campanha da Hora do Planeta pelo grupo ambientalista mundial WWF em Cingapura à Reuters.

Os edifícios no distrito comercial de Cingapura ficaram escuros junto com marcos importantes da cidade, como a roda gigante Singapore Flyer, um gigantesco observatório.

A Austrália realizou pela primeira vez a Hora do Planeta em 2007 e no ano seguinte o evento se tornou mundial, envolvendo 50 milhões de pessoas, segundo os organizadores. A WWF, organização que iniciou o movimento, espera a participação de 1 bilhão de pessoas este ano.

"A principal razão para isto é que queremos que as pessoas pensem, mesmo que seja por uma hora, sobre o que podem fazer para reduzir sua produção de carbono e, idealisticamente, fazer isso por mais de uma hora", disse aos repórteres em Sydney o diretor-executivo da Hora do Planeta, Andy Ridley.

Cerca de 90 países estão tomando parte do evento este ano, alguns deles, pela primeira vez, como é o caso da China, que superou os Estados Unidos como o maior emissor de gás do efeito estufa do planeta, e Brasil.

No Vaticano, a cúpula da Basílica de São Pedro ficará às escuras e o mesmo ocorrerá nas Pirâmides do Egito, na Torre Eiffel, em Paris, e no Empire State Building, em Nova York. Em Pequim, o estádio Ninho de Pássaro, sede das Olimpíadas, também ficara sem luz.

Bebidas quentes podem aumentar risco de câncer

Uma pesquisa da Universidade de Teerã sugere que o consumo de bebidas excessivamente quentes, a 70 graus centígrados ou mais, pode aumentar o risco de câncer no esôfago.

Especialistas afirmam que a descoberta pode explicar o aumento no risco de câncer no esôfago entre populações de países fora do Ocidente.

O câncer no esôfago, o tubo muscular que leva os alimentos da garganta para o estômago, mata mais de 500 mil pessoas no mundo todo por ano e o carcinoma das células escamosas do esôfago (OSCC, na sigla em inglês) é o tipo mais comum.

Cigarros e bebidas alcoólicas são os principais fatores ligados ao desenvolvimento de câncer no esôfago na Europa e países da América.

Mas ainda não se sabia a razão de outras populações no resto do mundo apresentarem altas taxas da doença, apesar de já existir uma teoria que liga o consumo regular de bebidas muito quentes a danos no revestimento interno do esôfago.

A pesquisa foi publicada na revista especializada "British Medical Journal".

Consumo de chá

A província do Golestão, no norte do Irã, tem uma das mais altas taxas de OSCC no mundo, mas as taxas de consumo de cigarro e bebidas alcoólicas são baixas e as mulheres têm as mesmas chances de serem diagnosticadas com a doença que os homens. Mas, o consumo de chá é muito popular na região.

Os pesquisadores da Universidade de Teerã estudaram os hábitos de consumo de chá entre 300 pessoas diagnosticadas com a doença e compararem estes dados com um grupo de 570 pessoas que viviam na mesma área.

Quase todos os participantes bebiam chá preto regularmente, mais de um litro por dia em média.

O consumo de chá quente ou morno (65 graus ou menos) estava associado com o dobro do risco de câncer no esôfago. O consumo de chá muito quente (70 graus ou mais) estava ligado ao aumento do risco da doença em oito vezes.

A velocidade com que as pessoas tomavam o chá também foi considerada importante.

Beber uma xícara de chá em menos de dois minutos logo depois que a água era despejada estava associado a um risco cinco vezes maior de câncer, comparado com o consumo do chá em quatro ou mais minutos depois.

Não houve associação entre a quantidade de chá consumida e o risco da doença.

"Nossos resultados mostraram um notável aumento no risco de OSCC com o consumo de chá quente", afirmou o artigo dos pesquisadores liderados pelo professor Reza Malekzadeh, no "British Medical Journal".

"Uma grande proporção dos habitantes do Golestão bebe chá quente, então este hábito pode ser responsável por uma proporção importante dos casos de câncer de esôfago nesta população."

Devido ao fato de os pesquisadores terem contado apenas com as impressões dos voluntários que participaram do estudo para saber o quanto a bebida consumida estava quente, eles tiveram que medir a temperatura do chá bebido por cerca de 50 mil moradores da mesma área.

E a temperatura variava entre 60 graus centígrados a mais de 70 graus. A temperatura relatada pelos participantes e a temperatura real eram semelhantes.

Alguns minutos

David Whiteman, do Instituto de Pesquisa Médica de Queensland, Australia, aconselhou as pessoas a esperarem alguns minutos antes de consumirem o chá "fervente", para beberem em um nível "tolerável".

"O mecanismo pelo qual o calor promove o desenvolvimento de tumores leva à necessidade de mais pesquisas, que devem receber um novo ímpeto a partir destas descobertas", acrescentou.

Para Oliver Childs, porta-voz da instituição de caridade britânica Cancer Research UK, o consumo de chá "é parte de muitas culturas e estes resultados certamente não indicam que o problema é o próprio chá".

"Mas (a pesquisa) nos dá mais provas de que um hábito de comer e beber alimentos muito quentes podem aumentar o risco de desenvolver câncer no esôfago", disse.


do UOL Ciência e Saúde

Justiça Federal liberta diretores da Camargo Corrêa presos em operação da PF

A Justiça Federal concedeu neste sábado seis habeas corpus beneficiando os dez presos pela Polícia Federal durante a Operação Castelo de Areia, deflagrada na última quarta-feira. Foram beneficiados pela decisão da desembargadora federal Cecília Mello os diretores da Camargo Corrêa Pietro Francesco Giavina Bianchi, Fernando Dias Gomes, Dárcio Brunato e Raggi Badra Neto, as secretárias Darcy Flores Alvarenga e Marisa Berti Iaquinto, e os supostos doleiros José Diney Matos, Jadair Fernandes de Almeida, Kurt Paul Pickel e Maristela Sum Doherty.

Até as 13h30, os acusados ainda permaneciam na carceragem da PF em São Paulo, mas a previsão era de que seriam libertados antes do início da noite.

Segundo Ministério Público Federal e PF, a Camargo Corrêa é suspeita de remessa ilegal de dólares para o exterior, superfaturamento em obra pública, doação ilegal para partidos políticos e lavagem de dinheiro.

Escutas telefônicas apontam que a empreiteira fez doações ilegais a partidos, segundo a polícia. O relatório da PF cita PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT, PMDB e PP, que negam caixa dois. A Fiesp é apontada na investigação como intermediária das doações da empresa a políticos. A federação nega.

Beneficiária de empréstimos milionários do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a empresa é parceira do governo federal em algumas das principais obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e integra consórcios responsáveis pela expansão do metrô e do Rodoanel, em São Paulo, e pela construção do Centro Administrativo de Minas Gerais. Também detém a concessão de serviços públicos em vários Estados, como administração de rodovias, transmissão de energia e limpeza urbana.

A Procuradoria decidiu investigar em todo o país as obras da empresa que tenham apresentado indícios de irregularidade para verificar se os problemas têm alguma conexão com supostas doações ilegais.

As obras da Refinaria Nordeste e da usina de Tucuruí, das quais a empresa participou, já foram incluídas na investigação sob suspeita de superfaturamento. Para a Procuradoria, o dinheiro eventualmente pago a mais pode ter sido usado em doações irregulares

Em liberdade, dona da Daslu diz que quer fazer loja crescer mais

A empresária Eliana Tranchesi, dona da butique de luxo Daslu, divulgou uma nota neste sábado em que disse nunca ter perdido a esperança e deixado de acreditar na Justiça. Ela também manifestou confiança em retomar sua vida normal e fazer a Daslu crescer.

Eliana Tranchesi foi presa na última quinta-feira (26) após receber, em primeira instância, a condenação máxima de 94,5 anos, a mesma pena imposta a seu irmão. Celso de Lima foi condenado a 53 anos, enquanto André Beukers recebeu 25 anos; Christian Polo, 14 anos; e Roberto Fakhouri Junior e Rodrigo Nardy Figueiredo receberam 11,5 anos cada.

Ela deixou a Penitenciária Feminina da Capital, no Carandiru (zona norte de São Paulo) ontem, após conseguir um habeas corpus. Os outros presos também foram soltos pela Justiça.

Decisões do TRF (Tribunal Regional Federal) e do STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinaram a soltura dos presos. Tranchesi e outras duas pessoas --Celso de Lima, da importadora Multimport, e Antonio Carlos Piva de Albuquerque, irmão de Eliana e ex-diretor da butique de luxo-- foram presas ontem por sonegação fiscal em importações fraudulentas. As decisões beneficiam ainda os outros quatro condenados no caso.

Nos pedidos de habeas-corpus, as defesas alegaram que ainda cabe recurso da decisão da condenação, por isso a prisão seria ilegal.

A decisão do STJ afirma que o habeas corpus dado a Piva de Albuquerque se estende a todos os condenados no caso --outros quatro donos de importadoras tiveram os pedidos de prisão expedido, mas não cumpridos, e eram considerados foragidos. Já a decisão do desembargador Luiz Stefanini, do TRF, beneficia a empresária, Lima, Figueiredo e Fakhouri.

A advogada Joyce Roysen, que representa Eliana Tranchesi, afirmou que o habeas corpus concedido à empresária foi "uma decisão técnica e justa". A decisão, de acordo com ela, não considera o estado de saúde de Tranchesi, que trata um câncer pulmonar, mas a inconstitucionalidade da prisão.

Condenação

Os sete condenados foram acusados de formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho tentado e consumado --importar ou exportar mercadoria lícita sem os devidos pagamentos de impostos.

A Justiça considerou o grupo "uma quadrilha que cometeu crimes financeiros de forma habitual e recorrente, mesmo após a denúncia do Ministério Público Federal" --o grupo foi desmontado em 2005, após operação da Polícia Federal e Receita. Apesar da condenação, no Brasil, ninguém pode permanecer preso por mais de 30 anos.

Nas 500 páginas da sentença, a juíza Maria Isabel do Prado destacou que houve "ganância" e que Tranchesi "demonstrou ter personalidade integralmente voltada para o crime". Em sua decisão, a juíza menciona que a 'organização criminosa' também deve ser presa por ter "conexões no estrangeiro".

A defesa, por sua vez, alegou que a prisão não poderia ter sido decretada porque a decisão da 2ª vara é de primeira instância e ainda cabe recurso.

Veja a íntegra da carta de Eliana Tranchesi, após o habeas corpus:

"A Justiça acaba de me conceder habeas corpus. Saibam que em nenhum momento perdi a esperança e deixei de acreditar na Justiça brasileira. Sinto que poderei retomar minha vida e tentar, na medida do possível, voltar ao normal. É uma boa sensação, que partilho com meus filhos, minha família, meus amigos e equipe Daslu. Na Daslu o clima é de solidariedade.

Meu agradecimento a todos pelas mensagens de carinho e orações. Essa rede alcança todos os que se veem em situações difíceis. A Daslu é uma família. Seu valor maior é o respeito ao outro, a sua integridade e a sua humanidade. Meus agradecimentos se estendem à imprensa e a todos os jornalistas que me procuraram para escrever suas reportagens e dar espaço para que eu manifestasse minha posição. Incluo também os clientes e os amigos, que incentivaram correntes de apoio.

Fiquei emocionada também ao saber que a comunidade Coliseu se manifestou ao demonstrar seu apoio a mim, pessoalmente. Nosso trabalho na Coliseu começou quando nos mudamos para a Vila Olímpia. Posso assegurar que a Daslu foi a primeira empresa das imediações a se perguntar o que poderia fazer por aquela comunidade.

A Daslu é uma referência de moda, reconhecida internacionalmente. Não é pouca coisa e exige muito trabalho e dedicação. Gera muitos empregos diretos e indiretos. Mas quero fazer mais. Cresceremos mais, com a garra e a dedicação de toda uma enorme rede de pessoas que gostam da loja: colaboradores; clientes; gente do mundo da moda, no Brasil e no exterior; gente que nem conheço, mas a quem agradeço por suas orações e pelo pensamento positivo durante todo esse tempo.

Assim que eu me recuperar deste trauma e for liberada pelos médicos, voltarei a conversar com vocês. Peço que compreendam meu estado e meu cansaço.
Muito obrigada. Eliana Tranchesi."

Gari encontra R$ 400 mil em cheques em Vitória e devolve.

17/06/08 - 19h22 - Atualizado em 17/06/08 - 19h22

Gari encontra R$ 400 mil em cheques em Vitória e devolve
Eram folhas com valores que variavam entre R$ 300 e R$ 133 mil.
Cheques pertencem à Associação dos Procuradores do Espírito Santo e haviam sumido.


Um gari de 24 anos, que trabalha para a Prefeitura de Vitória, encontrou, nesta terça-feira (17), uma sacola com cheques enquanto limpava bueiros em uma rua movimentada da cidade. Ao abrira sacola, o gari descobriu que havia mais de R$ 400 mil em cheques. Ele procurou a polícia e devolveu tudo.



Eram folhas com valores que variavam entre R$ 300 e R$ 133 mil. Havia inclusive, segundo ele, um cheque em branco, assinado. Os cheques pertencem à Associação dos Procuradores do Espírito Santo e haviam sumido na semana passada. Já havia sido registrada uma ocorrência na polícia.



O gari recebe R$ 500 por mês. A presidente da Associação dos Procuradores já prometeu que dará uma recompensa ao gari.
Menino de 13 anos já salvou quatro pessoas em Vitória
Há uma semana, ele socorreu amigo que teve a perna decepada.
Garoto entrou em casa em chamas para salvar três crianças.

Do G1, com informações do Jornal Hoje
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A história de um menino de 13 anos e seus atos heróicos viraram o principal assunto das rodas de bate-papo em um bairro de Vitória, no Espírito Santo. Em dois anos ele salvou a vida de quatro pessoas.

Veja o site do Jornal Hoje

Há uma semana, Vinícius Cordeiro foi testemunha de um acidente grave no canal de Vitória. Ele viu o amigo, de 13 anos, ter a perna decepada após ser atingido por uma embarcação.

“Eles vieram em alta velocidade, fazendo zigue-zague. Eu gritei para ele sair daí, mas a lancha bateu na cabeça dele, ele afundou e a lancha pegou a perna dele”, disse o garoto.




Vinícius ajudou o amigo a sair da água. “Ele veio agarrado na minha bermuda. Eu vim nadando e botei ele sentado na escada”, contou Vinícius.

Há pouco mais de dois anos, Vinícius e um amigo entraram em uma casa onde havia um incêndio para salvar três crianças. O menino foi condecorado pelos bombeiros.

A família fica preocupada, mas tem muito orgulho. “Eu fico orgulhosa do jeito dele se preocupar com os colegas, com os amigos”, diz a avó Zuma Cordeiro.

Mas agora, o que ele quer mesmo é o amigo que perdeu a perna. O garoto segue internado no hospital.